Formação
Olá malta!
Vamos agora começar com um tópico mais direccionado à prática, falando nas técnicas que utilizamos e que nos simplificam as provas. Tem, portanto, como título, "Em Prova", e com cada subtítulo vamos falar de um ou dois métodos.
Mapeando - Tema 19: EM PROVA, MANTER O AZIMUTE
Já falámos da orientação com e sem bússola e como utilizá-la com a técnica do 1,2,3. Podem recordar a imagem com a explicação desta técnica aqui (abre numa nova janela). Se quiserem uma demonstração em pessoa peçam-me, ou a algum dos nossos amigos mais experientes.
Recuando um pouco, para ficar bem assente, quando, na nossa prática, nos referimos a um azimute, é quando queremos dizer que traçámos uma direcção e a seguimos, baseando-nos na bússola.
A aplicação desta técnica depende muito do tipo de terreno. E Portugal, é em terrenos como os pinhais de Leiria ou no montado alentejano que mais o fazemos, nestes casos quase a totalidade da prova! Em terrenos como no Gerês, Vila Real, Mafra, que têm muito desnível, muita vegetação densa, caminhos, e outros obstáculos, não se ganha nada em ir directamente de um ponto a outro.
Mesmo quando se proporciona, devemos sempre planear a pernada inteira, não vá haver surpresas menos boas! Assim, podemos utilizar o azimute de um ponto para outro, ou somente num troço da pernada. De um cruzamento até outro, na perpendicular aos caminhos ou aceiros, por exemplo. E nunca devemos cair no erro de confiar cegamente na bússola, pois nós desviamo-nos naturalmente, tendencialmente e pessoalmente, para a esquerda ou para a direita. Também faz parte da aprendizagem tentarmo-nos aperceber do nosso próprio padrão.
Outra coisa muito importante ao seguir um azimute é confirmar várias vezes ao longo do caminho, se for preciso de 50 em 50 metros. Para confirmar podemos olhar para a bússola, para ver se continua na posição correcta, por vezes é o que basta para nos apercebemos de um desvio. Também podemos aplicar a técnica do 1,2,3 várias vezes no mesmo azimute, marcando um elemento no horizonte para o qual devemos correr (uma árvore do pinhal, por exemplo, embora seja igual à outras, marcá-la visualmente é fácil) e voltar a fazê-lo quando o alcançamos. Devemos também olhar para o mapa, e identificar os elementos com que nos deveríamos cruzar.
Traçar um azimute não pode ser encarado como um pretexto para correr mais naquele momento, ou para não olhar tanto para o mapa. Os melhores atletas mantêm um ritmo praticamente constante ao longo de toda a prova! Um azimute já é por si um atalho.
O seu final deve ser muito bem planeado, bem como várias possibilidades, pois nem sempre vamos sair exactamente onde queremos. O destino deve ter ou ser sempre uma referência grande, de preferência algo linear (caminho, muro, vedação, linha de alta tensão, etc.). Se este já está bem controlado, óptimo, têm tempo para dar uma olhadela aos pontos seguintes, pode aparecer uma pernada mais longa ou mais complicada e é bom planear com antecedência.
Para terminar, para ficar bem assente, quando traçarem um azimute, não é boa ideia traçá-lo directamente ao ponto para onde vamos, a não ser que seja numa referência muito visível. É muito fácil acontecer um pequeno desvio, com um arbusto, uma pedra, e por vezes basta passar a 5 metros da baliza para não a ver e continuar a correr naquela direcção...
Fiquem bem,
Alexandre Alvarez
Vamos agora começar com um tópico mais direccionado à prática, falando nas técnicas que utilizamos e que nos simplificam as provas. Tem, portanto, como título, "Em Prova", e com cada subtítulo vamos falar de um ou dois métodos.
Mapeando - Tema 19: EM PROVA, MANTER O AZIMUTE
Já falámos da orientação com e sem bússola e como utilizá-la com a técnica do 1,2,3. Podem recordar a imagem com a explicação desta técnica aqui (abre numa nova janela). Se quiserem uma demonstração em pessoa peçam-me, ou a algum dos nossos amigos mais experientes.
Recuando um pouco, para ficar bem assente, quando, na nossa prática, nos referimos a um azimute, é quando queremos dizer que traçámos uma direcção e a seguimos, baseando-nos na bússola.
A aplicação desta técnica depende muito do tipo de terreno. E Portugal, é em terrenos como os pinhais de Leiria ou no montado alentejano que mais o fazemos, nestes casos quase a totalidade da prova! Em terrenos como no Gerês, Vila Real, Mafra, que têm muito desnível, muita vegetação densa, caminhos, e outros obstáculos, não se ganha nada em ir directamente de um ponto a outro.
Mesmo quando se proporciona, devemos sempre planear a pernada inteira, não vá haver surpresas menos boas! Assim, podemos utilizar o azimute de um ponto para outro, ou somente num troço da pernada. De um cruzamento até outro, na perpendicular aos caminhos ou aceiros, por exemplo. E nunca devemos cair no erro de confiar cegamente na bússola, pois nós desviamo-nos naturalmente, tendencialmente e pessoalmente, para a esquerda ou para a direita. Também faz parte da aprendizagem tentarmo-nos aperceber do nosso próprio padrão.
Outra coisa muito importante ao seguir um azimute é confirmar várias vezes ao longo do caminho, se for preciso de 50 em 50 metros. Para confirmar podemos olhar para a bússola, para ver se continua na posição correcta, por vezes é o que basta para nos apercebemos de um desvio. Também podemos aplicar a técnica do 1,2,3 várias vezes no mesmo azimute, marcando um elemento no horizonte para o qual devemos correr (uma árvore do pinhal, por exemplo, embora seja igual à outras, marcá-la visualmente é fácil) e voltar a fazê-lo quando o alcançamos. Devemos também olhar para o mapa, e identificar os elementos com que nos deveríamos cruzar.
Traçar um azimute não pode ser encarado como um pretexto para correr mais naquele momento, ou para não olhar tanto para o mapa. Os melhores atletas mantêm um ritmo praticamente constante ao longo de toda a prova! Um azimute já é por si um atalho.
O seu final deve ser muito bem planeado, bem como várias possibilidades, pois nem sempre vamos sair exactamente onde queremos. O destino deve ter ou ser sempre uma referência grande, de preferência algo linear (caminho, muro, vedação, linha de alta tensão, etc.). Se este já está bem controlado, óptimo, têm tempo para dar uma olhadela aos pontos seguintes, pode aparecer uma pernada mais longa ou mais complicada e é bom planear com antecedência.
Para terminar, para ficar bem assente, quando traçarem um azimute, não é boa ideia traçá-lo directamente ao ponto para onde vamos, a não ser que seja numa referência muito visível. É muito fácil acontecer um pequeno desvio, com um arbusto, uma pedra, e por vezes basta passar a 5 metros da baliza para não a ver e continuar a correr naquela direcção...
Fiquem bem,
Alexandre Alvarez